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Campeonato Nacional de Juvenis - Série C - 4ª Jornada

Data: 12 de Setembro de 2010
Hora: 11h
Local: Academia Sporting Puma - Campo nº1

SPORTING CLUBE DE PORTUGAL: Pedro Duarte; Rui Bento, Tobias Figueiredo, Tiago Duque e Nuno Malheiro; Luís Cortez, Edilino Ié (Mauro Riquicho, 64 min.) e Filipe Chaby; Armindo Bangna 'Bruma', Carlos Mané (Capitão) (Tiago Bernardo, 65 min.) e Iuri Medeiros (Cristian Ponde, 57 min.)
Suplentes não utilizados: David Teixeira, João Barreto, David Crespo e Paulo Fernandes
Treinador: Luís Dias

UNIÃO DESPORTIVA DE LEIRIA: Cheta, Pedro Marcelino, Luís Oliveira, Fábio Vieira e Rafael Silva (Tomás Caetano, 65 min.); Guirlain Kuate, Filipe Oliveira e Pepo; Daniel Esteves 'Dany' (Capitão) (Ezequiel, 71 min.), Aliu Roda (Miguel Mateus, 51 min.) e Fábio Luzio
Suplentes não utilizados: João Tagarrinha, Bruno Heleno, Bernardo Subtil e Afonso Gomes
Treinador: Telmo Pinto

Equipa de Arbitragem: Miguel Jacob (árbitro principal); Ivan Roque e Luís Ralha (árbitros assistentes) - AF Setúbal.

Indisciplina: Tobias Figueiredo (52 min.)

Resultado ao intervalo: 1-1
Resultado final: 7-1

Marcadores: Armindo Bangna 'Bruma (33, 55 e 83 mins.), Carlos Mané (42 min.), Edilino Ié (49 min.), Filipe Chaby (63 min.) e Mauro Riquicho (77 min.); Daniel Esteves 'Dany' (13 min.)

Melhores em campo: Armindo Bangna 'Bruma' (Sporting CP) e Cheta (UD Leiria)

Crónica:

O Sporting venceu a União de Leiria por 7-1 em mais um jogo do Nacional de Juvenis, provando o bom momento da sua equipa, que tem vencido todos os encontros e sempre com goleadas. No entanto, o resultado alargado pode dar a ideia que o jogo dos leões foi sempre um passeio e, na verdade, isso não corresponde à verdade, pois, durante os primeiros 25/30 minutos, os verde e brancos esbarraram na bem organizada equipa leiriense, sofreram um golo e tiveram muito pouco discernimento ofensivo.

Ainda assim, algumas pequenas alterações tácticas dos verde e brancos, aliadas a uma quebra acentuada em termos físicos da equipa do Lis, acabaram por traduzir-se numa goleada pesada, mas justificada pelo vendaval ofensivo dos leões durante os segundos quarenta minutos.

Ambas as equipas se apresentaram em 4-3-3

O Sporting, como é hábito, apresentou-se num 4-3-3 bem definido, com Pedro Duarte na baliza; Rui Bento (lateral direito), Nuno Malheiro (lateral esquerdo) e os centrais Tobias Figueiredo e Tiago Duque no quarteto defensivo; Luís Cortez (trinco), Edilino Ié (box to box) e Filipe Chaby (médio ofensivo) no meio campo.

Bruma (extremo direito), Carlos Mané (ponta de lança) e Iuri Medeiros (extremo-esquerdo) colocavam-se no ataque. Ainda assim, os três elementos do ataque leonino trocavam constantemente de posição, num carrossel que tinha como objectivo baralhar as marcações da equipa visitante.

Por outro lado, a equipa leiriense também apostou no 4-3-3 com Cheta na baliza; Marcelino, à direita, Rafael, à esquerda e a dupla de centrais: Oliveira e Fábio Oliveira na defesa; Kuate e Filipe (mais recuados) e Pepo (com maior liberdade ofensiva) no meio campo; Dany (extremo direito), Aliu (avançado centro) e Luzio (extremo esquerdo) no ataque.

U. Leiria entrou muito bem no jogo

O jogo começou com o Leiria a controlar muito bem o ataque do Sporting que esbarrava na bem organizada defensiva da equipa do Lis. Nesta fase, a equipa leiriense denotava grande inteligência táctica, com o quarteto defensivo muito inteligente na ocupação dos espaços e com Kuate a funcionar como complemento ao último reduto, jogando muito bem na posição de médio defensivo.

Para além da defesa estar em muito bom nível, o ataque também revelava grande inteligência nas transições e na fluidez de jogo e, nesse seguimento, foi com alguma naturalidade que os visitantes, aos 13 minutos, fizeram o 0-1, quando, na sequência de um lançamento longo, Dany ganhou a bola na insistência com um defesa do Sporting e, à saída de Pedro Duarte, não perdoou.

Pouco tempo após o golo sofrido, Bruma apareceu na cara de Cheta com tudo para igualar, todavia, na cara do guarda-redes visitante, foi incapaz de facturar e garantir o empate para os leões. Pensou-se que pudesse ser o sinal que a letargia leonina havia terminado, mas foi puro engano.

Até aos trinta minutos, o jogo continuou a ser controlado pelos visitantes, que, nesse período, até podiam ter ampliado a vantagem, com Luzio e Filipe a perderem boas ocasiões para marcar.

Na verdade, só nos últimos dez minutos o Sporting assumiu-se como a grande equipa que é, aumentando a intensidade de jogo e aproveitando os primeiros desposicionamentos graves do Leiria.

Nesse pequeno período da primeira parte, os leões fizeram mais do que nos primeiros trinta minutos, com Bruma em plano de destaque, pois empatou a partida com um bom remate no centro da área e até podia ter garantido a cambalhota no marcador se, após grande cavalgada e de ter passado pelo guarda-redes contrário, não se tivesse atrapalhado com o esférico e perdido esplêndida ocasião.

Só o Sporting existiu na segunda metade

A história da segunda metade resume-se, quase na sua totalidade, aos golos que o Sporting marcou, perante uma equipa visitante que foi uma sombra daquela que esteve em campo na primeira metade

Os leões entraram a todo o gás e as oportunidades de golo foram surgindo com grande naturalidade, pois, nesta fase, as falhas defensivas dos leirienses eram mais que muitas. Assim sendo, foi com naturalidade que, após ter avisado no minuto anterior, Carlos Mané, aos 42 minutos, fez o 2-1 para o Sporting.

O jogo era de sentido único e, aos 49 minutos, foi a vez de Edilino Ié, após jogada de insistência do ataque leonino, fazer o 3-1, num excelente remate à meia volta.

Se a equipa visitante já denotava grande quebra física, o terceiro golo sofrido aliou a essa quebra física uma muito mais grave quebra psicológica que levou os jogadores do Leiria a baixarem um pouco os braços e a permitirem que os leões dominassem de forma cada vez mais acentuada a partida.

Assim sendo, foi sem surpresa que os leões, até final da partida, ainda tivessem tempo para fazerem mais quatro golos, obtidos por Bruma (2), Filipe Chaby e Mauro Riquicho. Destes tentos, há que destacar o tento de Chaby, obtido, à entrada da área, num remate espectacular de primeira que levantou a Academia e o segundo golo de Bruma, que surgiu após fenomenal jogada individual, com o avançado leonino a passar por toda a gente e a facturar.

Em suma, vitória justíssima dos leões (7-1), num jogo em que a U. Leiria, enquanto teve pernas e cabeça, dificultou e muito a vida aos leões. Infelizmente para os visitantes, a sua frescura física durou muito pouco tempo.

Destaques: UNIÃO DESPORTIVA DE LEIRIA:

A equipa da cidade do Lis entrou bastante bem no jogo, muito organizada em termos colectivos e bastante perigosa no contra-ataque, colocando-se, justamente, em vantagem no marcador. No entanto, com o passar do tempo, a equipa foi perdendo capacidade física e, com isso, foi perdendo lucidez posicional, permitindo que os leões começassem a explorar os erros leirienses e construíssem uma goleada pesada e pouco esperada para quem viu os primeiros 25/30 minutos da União de Leiria.

Individualmente, há que destacar o guarda-redes (Cheta) que, apesar dos sete golos sofridos, esteve bastante bem, evitando bastantes golos dos leões, mas também há que dar o devido realce ao médio centro Kuate, que, enquanto a equipa visitante teve pernas e discernimento, foi uma peça fundamental no equilíbrio táctico do conjunto de Leiria, mostrando ser um jogador promissor.



DECLARAÇÕES:

Mister Luís Dias (treinador do Sporting Clube de Portugal):

"Sofremos o primeiro golo e foi bem sofrido, pela forma como o Leiria se apresentou no início do desafio, pois eles entraram com mais agressividade que o Sporting. Sabíamos que tínhamos de melhorar e tivemos humildade de nos mantermos juntos e reagirmos colectivamente.

Assim sendo, melhorámos tacticamente e, com a nossa entrada muito forte na segunda metade, o jogo ficou definido, percebendo-se que apenas faltava saber por quantos golos iríamos vencer. Sinto que a equipa está a subir de rendimento, até porque os jogadores ao crescerem individualmente, a equipa também cresce colectivamente."

Mister Telmo Pinto (treinador da União Desportiva de Leiria):

"Sabíamos das nossas limitações e que seria um jogo difícil, no entanto, entrámos muito bem e, durante trinta minutos, equilibramos o jogo, mesmo tendo algumas oscilações exibicionais. Infelizmente, na segunda parte quebramos fisicamente e, com a quebra física, veio a quebra psicológica, que deixou a equipa com pouca capacidade de reacção. Ainda assim, há que dar os parabéns ao Sporting pela vitória que obteve aqui na Academia."

Texto: Ricardo Figueiredo

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